quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Qual seria a melhor arma de um mestre?

Você, jogador, me responda com sinceridade: quantas vezes você já enfrentou goblins saqueadores em uma estrada que passava por uma floresta? Ou então, ladinos que direcionaram seu grupo para uma armadilha em um dos beco da cidade? Mortos vivos em uma tumba amaldiçoada? Pois é. Não desmerecendo estas cenas, até porque, acredito que todo jogador deveria vivenciar isso pelo menos uma vez, mas cá entre nós, quantas vezes você já passou por isso em suasaventuras?
Fazendo uma pequena enquete com amigos jogadores, cheguei a seguinte conclusão: o clássico é divertido, mas o clássico com um toque de mistério é inesquecível. Uma aventura de RPG pode lhe causar diversas sensações: alegria; entusiasmo; euforia; medo; receio; tédio; tristeza … tudo vai depender de como o narrador conduz a aventura e de como os players colaboram para que a interação seja legal. Os melhores e os piores momentos de sua vida são marcados por um sentimento, e com o RPG não é diferente. Enfrentar uma caravana de goblins raivosos pela primeira vez pode ser gratificante, mas enfrentá-la pela sexta vez pode se tornar um tédio.

Que atire o primeiro goblin quem nunca começou uma aventura assim: “Então jogadores, vocês estão em uma taverna descansando de sua viagem…” e sempre acontece algo que nos leva para a aventura. Ou alguém foi raptado, ou surge uma briga, ou o capitão da guarda entra recrutando cavaleiros valentes para derrotar o dragão…enfim, sempre estamos na taverna. Costumo dizer que os narradores se dividem da seguinte maneira: A.T.(antes das tavernas) – D.T. (depois das tavernas). Por que não começar uma aventura direto em um campo de batalha? Por que não começar uma aventura preso no porão de um navio pirata? Ou quem sabe amaldiçoado e preso em uma masmorra com apenas uma simples adaga?
Ao expor diretamente os seus jogadores as cenas de mistério, você acaba fazendo com que eles tomem decisões mais intuitivas, o que é muito interessante para o jogo. Por exemplo: você pensaria duas vezes antes de atacar um grupo de kobolds com lanças e pedras ou pequenos humanóides pálidos sem olhos que andam vagarosamente em sua direção com a mão esticada querendo tocar em algo? Quem será o primeiro a bater? Vão chover perguntas antes de qualquer ataque!
O desconhecido e o misterioso é interessante. Assim como todo mundo, os jogadores procuram por desafios, sejam eles enigmas, charadas, armadilhas, criaturas que sejam poderosas ou apenas fascinantes. Cabe ao narrador, oferecer estas opções e deixar que o grupo interaja entre si. Utilizando estas táticas você consegue manter a atenção dos jogadores por mais tempo, evitando conversas paralelas ou alguém babando na ficha. E não se esqueça de interpretar…faz toda a diferença!

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